
Quando... as palavras já não sustentam o peso de um sentimento que ocultamos,
com um medo aterrador, de nos tornarmos emigrantes ilegais... num coração naturalizado, há muito... na pátria da fidelidade....elas... as palavras, servem apenas para preencher... o espaço vazio, em que inventamos... um quintal semeado de nada...
e, nada é mais brutal... que a sensação de manusearmos o abandono...
convencidos... que estamos em perfeita comunhão com um corpo... sedento de paixão... no jogo de enganos...
A palavra...é uma muleta carunchosa...
Pobre da escritora que se atreva a descrever como erótico...
aquele instante em que um homem sentado ao seu lado...
quase ausente...finge uma terna quietude...
como quem assiste... no escuro do teatro....
à estreia de uma carícia...
(VA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário