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domingo, 25 de novembro de 2007

livro aberto...



A vida...traz-nos um pouco de tudo...
ensinamentos...desalentos...lutas ...e...
do que já vivi e de tudo que ainda virá...

agrada-me o que não sei....
Sei o que já foi pelas entrelinhas escritas...
na palma da minha mão e ...
que os olhos de nenhuma cigana lê...
porque o que a minha alma canta...
é música que jamais acaba....
O que sei ....já foi e ...sou...
O que não sei... é tudo que quero...
mas não espero...
Da espera... não se vive a vida....
Da espera... apenas se espera....
palavras...ao vento...


(...)

sábado, 27 de outubro de 2007

labirinto...



Nem sempre é fácil decidir a direcção... escolher os passos e seguir caminho.
A vida é uma imensidão de encruzilhadas... de perdidos e achados...
Nem sempre temos a coragem para ouvir... os sussurros do coração ou aquelas palavras incomodativas que a nossa consciência teima em não querer ouvir....
Nem sempre conseguimos andar com a cabeça levantada e seguir exactamente o que planeámos...os desvios são uma constante da vida....
De vez em quando...naufragamos.
Mergulhamos nas lágrimas da indecisão...no escuro da nossa ignorância ou impotência.
Mas existem aqueles dias em que nenhum caminho é mais forte que nós...nenhuma pedra pode provocar a nossa queda e nenhum obstáculo pode fazer com que não cortemos a meta.
Existem tantos caminhos neste labirinto...tantos ainda por percorrer... Questiono me...sobre quantas portas se abrirão quando eu chegar lá e bater....

quinta-feira, 17 de maio de 2007

solidão...


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entesqueridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário a que a gente se impõe, às vezes,para alinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõecompulsivamente para que revejamos a nossa vida...
Isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e...
procuramos em vão pela nossa alma...
(Chico Buarque)

terça-feira, 15 de maio de 2007

folha solta...


Hoje sou uma folha solta e seca ao vento
que a paixão um dia escreveu por engano...
Sinto-me perdida assim... rasgada em ...

mil pedaços.mil bocados
e num rodopio infernal e colossal...

deixo-me assolar pela dor...e pelo sofrimento..
enquanto espalho versos e rimas pelo chão molhado...
com palavras tristes e infelizes que o mundo não lê...
com o sorriso ternurento estampado na boca....
Então...que a poesia se cale, fique queda e muda ...
para sempre nos meus dedos ...nas minhas mãos
e que a solidão ... e o sofrimento...

seja a esmola débil e amarga do poeta...
(D.A.)

quarta-feira, 9 de maio de 2007

..vagueio...

...ando pelas ruas como se fosse cega ...
fugindo da verdade que me persegue...
da tristeza que me consome ...
do ar que me polui...
com medo da vida...
Tento seguir o caminho das estrelas...
para achar alguma razão...para voltar a viver...
Tento disfarçar a minha dor...
com uma face que não é a minha...
Só eu vejo o sentimento ...que sufoca meu coração...
entristece minha alma...e perturba minha mente...
por dentro eu grito e choro... como uma criança ...
mas por fora... sou uma simples pessoa
tentando disfarçar a realidade que vive....
e... disfarço tão bem que poucos percebem
o meu estado de alma...os meus sentires...
(Maresia)

...triste...

Mais um dia que passa....
Um dia...mais um....
desses que acontecem...
depois de ontem... e antes de amanhã....
Começando antes do sol e terminando... depois ...
sabe-se lá quando termina...
Talvez não termine...aunda não chegou...
Hoje apetece - me sentir a "tristeza"...
desmembrá-la...descrevê-la...senti-la...
como um sentimento ...
que me procura e me ocupa muitas vezes...
Posso ficar triste por... palavras ou actos de alguém...
pela miséria doutra pessoa...
ou...simplesmente porque estou triste....
Mas algumas vezes fico triste...
sem saber porquê...
ou saberei????
Sinto-me triste e... não consigo identificar ...
a origem dessa tristeza.... ou consigo...???
Talvez seja uma data de pequenas coisas ...somadas...
ou algo que me tocou e... não me recordo... ou recordo???
Hoje estou assim...estou triste e ...
não sei porquê... ou saberei???
(P e M)

domingo, 6 de maio de 2007

...sem....


Noites sem estrelas...
Camas sem ninguém...
Folhas sem vento...
Ar sem cheiro...
Lugares sem som...
Diálogos sem palavras...
Olhos sem sono...
Água sem sede...
Mãos sem vontade...
Cabelos sem ondas...
Dias sem Sol...
Assim me sinto...
(Maresia)

terça-feira, 1 de maio de 2007

...horizonte..

Parada...silenciosa...apenas
gosto de olhar o horizonte...
perder-me nas brisas dos sonhos vividos
até tocar a alma...
Nestas minhas viagens ...
Onde nao há amarras...onde a melodia é a voz do silêncio...
Sinto o abraço de uma saudade ... de uma angústia
que me abraça ...me penetra e me embala...
E me faz soltar gemidos de mim...
Buscando as palavras perdidas no tempo...
(Fanny)

sábado, 28 de abril de 2007

...escrever...


Escrever...

é transbordar sentimentos...

que ao invés de lágrimas...

derramam-se em palavras...

e deslizam....lenta e docemente

não pela face...mas...

por folhas em branco....

puras... acetinadas

como se de um céu se tratasse...
numa simbiose perfeita...
(S. M.)

quarta-feira, 25 de abril de 2007

sonhos...




Hoje um amigo falou-me de sonhos...

Sonhos??

Acho que não tenho...no entanto escrevi a palavra "acho", para que a resposta não seja conclusiva... e contundente...

Páro para pensar no que ele disse ...e é incrível como umas simples palavras desviaram os meus pensamentos....

Passei horas a pensar num vazio constante...restrito ao meu círculo pessoal... eu mesmo...

Saudades do tempo de menina que sonhava com o meu espaço... era rebelde embora ainda o seja...mas antes agia sem pensar, sempre convicta nas atitudes desejando o estado independente...

Conquistei tudo, embora o tudo possa ser um nada...

Alcancei o meu espaço... traço os meus objectivos, mas...hoje fizeram-me olhar para mim... e eu não vejo sonhos....

O que são os sonhos??

Serei assim tão ausente das vidas cíclicas... fria... perante tantas situações que nem comento e outras tantas que ...reservo para mim?

Talvez esconda o que não goste de revelar... talvez...

Mas sonhos não... isso não tenho... já tive!!
(Maresia)

sábado, 21 de abril de 2007

...enrolada...



dentro de uma concha


enrolada em mim


isolada...


fechada...


parada...


assim me sinto


assim quero ficar...


até que um dia


eu queira


desabrochar...
(F.)

segunda-feira, 16 de abril de 2007

...Farrapos...


Farrapos de mulher....
atirados ao mundo,
devorados por homens famintos...
pedaços de alma....
desacreditados no verdadeiro amor...
Sementes que germinam e secam depois...
por deixarem a terra de quem semeou...
E neste perder da mulher...
neste querer e não querer...
neste remexer das entranhas,
nesta busca incontida...
de alguém que recupera os farrapos...
esgotam-se as energias...
e fica o cansaço do corpo ...
(Maresia)

sexta-feira, 13 de abril de 2007

...caminho...




Ninguém poderá construir por mim...
as pontes que precisarei de passar
para atravessar o rio da vida...
Ninguém.... excepto eu...
Por certo que existirão inúmeros atalhos...
pontes e semideuses que se oferecerão
para me levar para lá do rio...
Mas isso... custar-me-ia a minha própria pessoa...
e eu... hipotecar-me-ia e me perderia...
No entanto... existe no mundo um único caminho
por onde só eu posso passar...
Para onde me leva?
Não pergunto...
Sigo-o... apenas...
(Maresia)

domingo, 1 de abril de 2007

...a Palavra...



Quando... as palavras já não sustentam o peso de um sentimento que ocultamos,
com um medo aterrador, de nos tornarmos emigrantes ilegais... num coração naturalizado, há muito... na pátria da fidelidade....elas... as palavras, servem apenas para preencher... o espaço vazio, em que inventamos... um quintal semeado de nada...
e, nada é mais brutal... que a sensação de manusearmos o abandono...
convencidos... que estamos em perfeita comunhão com um corpo... sedento de paixão... no jogo de enganos...
A palavra...é uma muleta carunchosa...
Pobre da escritora que se atreva a descrever como erótico...
aquele instante em que um homem sentado ao seu lado...
quase ausente...finge uma terna quietude...
como quem assiste... no escuro do teatro....

à estreia de uma carícia...
(VA)

quarta-feira, 28 de março de 2007

transformações....


O sonho dilui-se em realidade...
O encantamento em percepção....
A saudade vira distância....
As lembranças... em esquecimento...
O herói vira homem...
A fada em mulher...
A magia transforma-se em conhecimento...
O milagre em fenómeno natural...
A fantasia agora é doença, um mal...
O mito ganha status de fútil lenda...
O "amor"... coitado do amor!
passa a ser puro investimento do ego...
Até a fé... deixa de ser virtude...
perde sua cor...ao toque da desilusão...
Minhas vidraças se quebram..
As máscaras caem ao chão...
A nudez se revela...
E o sentido...a beleza da vida,
brutalmente se desfaz ao impacto da razão....

(Maresia)

terça-feira, 27 de março de 2007

...desencontros...

A alma anda desencontrada do corpo
tenho de buscar na memória o que toquei
sigo o rasto das lembranças
até chegar ao Esquecimento.

Sinto saudades... não sei ao certo.....
o corpo não me responde
a alma atormentada não sente.

O tempo vivido não é o tempo sentido ...
sempre o tempo...
infinito na escuridão
tão escasso para a satisfação.

O Antes no Agora para o Depois,
esconde-se o vazio,
adormece-se a alma,
julgo vencer o tempo
mas permanece o desencontro...

(E)

sábado, 10 de março de 2007

Lágrimas...


Alma que se debruça nas janelas dos olhos,
Sugando do peito sentimento real...
Cristal reluzente, a lágrima conta
Histórias da vida... o bem e o mal...

Doce, suave, brilhante de amor,
Na comunhão dos corpos, saciado o desejo,
A lágrima quente do gozo perfeito.
Momento supremo, divino lampejo.
Lágrima de dor, alegria, saudades...
- Tantos os momentos que a vida nos dá! -
Coração transborda sentimentos seus...
De todas as lágrimas, talvez a mais triste
Seja aquela que desliza sem pressa, dorida,
No último brilho de um olhar
desesperado e perdido...

(C.A.)

sábado, 3 de março de 2007

Lua...


ME CONFESSO....